Os protetores solares que estão disponíveis no mercado brasileiro são na sua maioria confiáveis. Hoje, sempre alertamos para que ao comprar esse produto verificar se há também proteção para UVA (ultravioleta A), que é representado por sinais de "+". Se o indivíduo tem pele normal, um "+" é eficaz, mas conforme o paciente envelhece, apresenta pele clara ou até doenças de pele, a quantidade mínima de cruzes deve ser duas.
A pele envelhecida e seca merece um protetor em creme, a da idade média sem problemas de espinhas pode receber uma loção, alguns acham que o gel creme tem um toque mais seco, mas na realidade, é importante que tanto a loção como o gel creme tenham especificado que tem efeito seco ou chamado "matte" ou matificante quando o paciente deseja um efeito sem a oleosidade final. O gel, em teoria, seria indicado para as pessoas com a pele oleosa, mas nem sempre eles são confortáveis, algumas vezes, por formarem uma fina camada ao secarem. Além disso, podem trazer dificuldades quando utilizados na praia, pois a areia fina pode grudar no gel e trazer certo desconforto. Existem produtos em spray, porém, o veículo pode não ser aquoso, então, sempre devemos escolher corretamente o melhor veículo para o seu conforto pessoal. Peles sensíveis não se "dão bem" com o veículo alcoólico, assim como os que têm alguma lesão na pele.
Há também opções de protetores solares com tonalizantes (com cor), alguns com tonalizante universal (serve para todas as cores de pele) e outras com diferencial, se desejar que o tonalizante disfarce as manchas, há necessidade da escolha adequada da "espessura" do produto, pois apenas o tonalizante pode não ser suficiente para esconder as imperfeições.
Alguns protetores solares podem causar ardor nos olhos, portanto, aqueles que suam muito ou praticam esporte são os que são mais susceptíveis, pois ambos acabam sempre escorrendo pela fronte e couro cabeludo, irritando a pele.
Finalizando a discussão dos protetores solares, para o dia-a-dia, se aceita que o FPS 15+ seja suficiente, os dermatologistas, no entanto, indicarão a quantidade da proteção solar conforme a cor de pele do paciente, doenças prévias, doenças de pele, doenças familiares, tipo de atividade que exerce, além da idade, profissão, e é claro, o tratamento que está sendo realizado adequando às diferentes estações do ano. Os protetores com FPS 8+ são indicados para os pacientes com a pele escura, quando em tratamento ou já com doenças, um FPS 30-60+ a +++ e em casos específicos, o FPS 100+.
No Brasil, o câncer de pele está crescendo também entre os jovens. A cada exposição inadequada ao sol, a pele acumula riscos de desenvolver uma lesão cancerígena, pois os danos pela radiação solar são cumulativos, ou seja, a quantidade total de sol que a pessoa toma durante sua vida é que vai determinar o surgimento de uma lesão cancerígena.
Desta forma, crianças que começam a tomar sol de forma inadequada, já no primeiro ano de vida, podem ter, quando chegam aos 20 anos, um câncer de pele (especialmente do tipo basocelular e melanoma). Além disso, a diminuição da camada de ozônio faz com que as pessoas fiquem mais expostas aos efeitos da radiação solar.